Elisabete Silva apresentou o conto ilustrado «Um Sonho que Virou Conto» na Assembleia de Guimarães

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Elisabete padece de dislexia. Parece um contrassenso alguém que tem esta disfunção neurológica escrever um livro. Mas na realidade a dislexia não é impeditivo para nada. Há métodos e ferramentas capazes de ajudar todas as pessoas que têm dificuldade na correcção e/ou fluência da leitura de palavras, nomeadamente, a concentração. É precisamente assim que Elisabete ultrapassa este distúrbio. Sempre que pega num livro para ler, um dos seus passatempos preferidos, sabe que tem de estar completamente focada para não distorcer a informação que vai absorvendo e tem noção que leva mais tempo a ler um livro do que uma pessoa que não tem esta dificuldade.

Na escola levou muitas palmadas e reguadas, porque na época ninguém sabia o que eram as perturbações de leitura e escrita, comummente denominadas de dislexia. Este problema acabou por ser um entrave ao seu gosto pela escrita, pois sentia-se insegura e incapaz de mostrar o que escrevia. Então, ia colocando todos os seus pensamentos numa gaveta. Aos 61 anos e com o incentivo do marido, decidiu que era altura de explorar uma área que sempre a fascinou.

Em criança andava sempre de papel e caneta na mão a apontar tudo o que lhe vinha à cabeça. Recordou até que fazia resumos dos livros que os professores indicavam para ler, mas que os colegas não liam. Esse gosto nunca desvaneceu e a sua vontade venceu o medo. "Foi um processo longo até ganhar confiança para expor os meus rascunhos, e só há cerca de dois anos ganhei essa coragem", explicou.

Entrevista completa na BIGGERmagazine de Fevereiro!

 

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