Pedro Cunha é o director do serviço de urgência do HSOG
O serviço de urgência dos hospitais está com um nível de afluência maior. Quem o procura, fica muitas vezes mais tempo à espera do que o que seria expectável, como se tem ouvido vários testemunhos de norte e sul do país. A urgência do Hospital Senhora da Oliveira em Guimarães (HSOG) confirma o mesmo cenário. Compreensão e paciência tem sido o que caracteriza os utentes que se deslocam a este serviço, onde vêem as horas passar e os profissionais de saúde a não conseguirem dar resposta a esta demanda. Mas porque é que isto acontece?
Depois que a Covid-19 deixou de ser prioritária, esperávamos ver as urgências com um índice de procura mais baixo, mas, infelizmente, não foge ao incómodo dos tempos normais de espera.
O uso de máscara veio diminuir o risco de contágio, não só pelo Sars-Cov-2, como também por outros vírus. Assim que os cuidados preventivos atenuaram voltamos a ficar expostos e o pior é que as consequências parecem levar muitos ao hospital, sobretudo, com infecções pulmonares. E se alguns precisam mesmo de cuidados urgentes, outros tantos deveriam socorrer-se dos serviços de saúde primários ou até da linha Saúde 24. Quem o diz é o director do serviço de urgências, Pedro Cunha, que admite que quase 50% das pessoas "não necessitam de se deslocar às urgências". Todos os utentes passam pela Triagem de Manchester para avaliar a urgência do problema e os casos menos urgentes são sinalizados com pulseira verde ou azul. Claro que estes casos identificados como não prioritários vão ficar em fila de espera e, por vezes, ficam muito tempo a aguardar a sua vez para a avaliação médica.
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