António Araújo padece de deficiência auditiva e é professor de Língua Gestual Portuguesa
No dia 15 de Novembro comemora-se o Dia Nacional da Língua Gestual Portuguesa (LGP), porque a 15 de Novembro de 1995, foi criada a Comissão para o Reconhecimento e Proteção da Língua Gestual Portuguesa, vindo a ser reconhecida oficialmente como Língua da comunidade surda portuguesa na Constituição da República Portuguesa, a 20 de Setembro de 1997.
O objectivo deste dia é promover a Língua Gestual Portuguesa e garantir o respeito dos direitos das pessoas surdas. A língua gestual é a forma de comunicação utilizada pelas pessoas surdas e por todos aqueles que se comunicam com pessoas com deficiência auditiva. É produzida a partir dos movimentos das mãos, do corpo e por expressões faciais, e possui um vocabulário especial e uma gramática própria na comunidade surda. Esta data serve também para alertar todos aqueles que padecem desta patologia que existe um serviço de emergência adaptado através do número 961 010 200. (GNR) ou através APP serviim e SNS24LGP. A BIGGERmagazine quis assinalar a data e para o efeito convidou o professor António Araújo que padece de problemas de surdez e leciona na vertente da língua gestual.
Tem 43 anos, é vimaranense, e tirou o curso de formador de LGP na Associação Surdos do Porto (ASP). Terminou a licenciatura em Língua Gestual e conclui o mestrado na faculdade de psicologia em Educação Bilíngue. Trabalha na Régua na vertente do ensino, mas já deu aulas em várias escolas: Guimarães, Vila do Conde e Braga.
Não é totalmente surdo, mas a audição é muito reduzida. Para interpretar apoia-se na leitura labial e foi assim que me percebeu durante a entrevista, apesar de estar presente a professora Ana Ataíde da Escola Fernando Távora, onde o próprio já lecionou, que fez a tradução sempre que tinha dificuldade em interpretar o que António dizia.
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