BIGGER: Andebol, o segundo desporto de Portugal?

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Em Portugal, o desporto preferido é o futebol, não é à toa que é conhecido como «desporto-rei». Mas se indagarmos qual é o segundo da lista, qual seria a resposta? Para muitos adeptos, o ténis, com a crescente presença de João Sousa em torneios internacionais. Para outros, será o basquetebol, inspirado não apenas pela liga americana, a NBA, mas também pelo constante sucesso dos vizinhos espanhóis. Mas há, contudo, um desporto que vem crescendo continuamente: o andebol.

Não se trata de especulação, mas sim de números. As casas de apostas online vêm a perceber que o andebol tem crescido no interesse dos lusitanos que, cada dia mais, acompanham os torneios e resultados das equipas da primeira e segunda divisão nacional. O andebol já é um desporto consagrado mundialmente, em especial nos países nórdicos e da Europa. As plataformas de apostas desportivas também relacionam os principais campeonatos da modalidade entre a sua extensa oferta de jogos, o que só adiciona mais prestígio aos clubes e jogadores do nosso país.

Apostas desportivas, indicador de crescimento

As casas de apostas raramente, para não dizer jamais, dedicam tempo e espaço dos seus sítios a modalidades que não geram interesse. Por isso, o movimento detectado é, antes de
tudo, um indicador da preferência dos utilizadores. Onde há fumo, há fogo. E se há aposta, há jogo.

Evidentemente, ainda há longo caminho por percorrer. Para o andebol verdadeiramente se tornar o segundo na lista de favoritos – não tenhamos esperança de superar o futebol – há
que se operar em duas frentes: o mercado interno e o externo. No âmbito interno é preciso aplicar diversas ações. O primeiro é popularizar o desporto entre os mais jovens, que ao ver andebol vão querer praticá-lo. Com um maior número de praticantes, aumentará o interesse dos clubes e serão ampliados dos torneios da modalidade. A tendência é que a qualidade das competições aumente, atraindo público e patrocinadores, com isso, será necessário que ampliem as transmissões, seja na televisão ou Internet, das partidas e, assim, criando um ciclo virtuoso en torno do andebol.

Andebol para exportação. E importação.

No campo externo, o andebol de Portugal necessita de internacionalizar-se. Primeiramente isso significa ter as equipas a disputar mais e melhores torneios internacionais, de modo a que os seus atletas adquiram a experiência necessária, e aprendam, ainda que com derrotas, o que é preciso para vencer. Jovens de talento devem poder transferir-se para países aonde o desporto está mais desenvolvido e, ao retornar, trazerem consigo as melhores práticas, e disseminá-las.

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Da mesma forma, o nosso país deve estar aberto a receber jogadores de outras nações, e também treinadores e preparadores, que possam elevar a qualidade do jogo a nível de
clubes e seleção. Ser um mercado atractivo é de fundamental importância, mas isso apenas se obtém enquanto a liga nacional é suficientemente forte.

Das apostas à realidade

Se as apostas desportivas indicam uma tendência, será agora uma boa hora para tomar atitudes concretas e, talvez, solidificar o movimento que se insinua. Ainda que, ao fim e ao cabo, o andebol não assuma o posto de segundo colocado na preferência nacional lusitana, fazê-lo crescer será benéfico de qualquer maneira.

E, talvez, seja apenas um lindo sonho, mas não se paga por sonhar: poderemos ter um dia um jogador de andebol tão habilidoso e bem-sucedido que acabe por conquistar a atenção
do mundo todo? Se o leitor crê que não, talvez devêssemos lembrá-lo de um jovem futebolista lusitano nascido na Ilha da Madeira e que, com o talento, dedicação e apoio, conquistou o título de melhor do mundo em cinco ocasiões.

Então, por que não investir no andebol nacional?

 

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