Ana Margarida é uma fadista de excelência
O fado mora na alma de todos aqueles que apreciam o género, mas há quem nasça com o dom na voz. Ana Margarida sente a música quase como uma necessidade fisiológica, portanto há-de cantar até que a voz lhe doa, como diz o fado de Maria da Fé. É natural de Lisboa, mas as suas raízes paternas são do norte. A família do pai é de Guimarães e o sangue vimaranense corre-lhe nas veias.
A par da música, que é a sua grande paixão, tem Mestrado em Biologia Marinha e faz disso a sua profissão. Diz que nasceu a cantar e como estava sempre a cantarolar e a dizer que queria ser cantora, o pai, que também é um amante de música, fez-lhe a vontade e levou-a a cantar em palco na Sociedade Filarmónica quando tinha apenas 8 anos. Com o entusiasmo demonstrado também lhe apresentou a Ana Faria (dos Onda Choc) para a ensaiar. Aos 10 anos foi desafiada a cantar fado em público e foi assim que se apaixonou. Contudo, cresceu a ouvir vários estilos musicais e o seu ouvido foi educado para apreciar de tudo um pouco. Com o pai ouvia Pink Floyd, Scorpions, Dire Straits, Elvis Presley e alguns clássicos brasileiros como Roberto Carlos e Maria Bethânia. Já com a avó paterna, com quem também cantava, ouvia o fado. No meio de tanta diversidade restava-lhe perceber o que a fazia mais feliz a cantar e para descobrir decidiu que deveria experimentar tudo, desde, rock, pop, soul, lírico, tradicional e meditativo e participar em diversificados projectos.
Representou Portugal em 1994 no festival Bravo Bravíssimo, em Itália, com o tema «Uma Casa Portuguesa», venceu em 1995 a Grande Noite do Fado realizada no Coliseu de Lisboa e em 1998 ganhou o programa Cidade contra Cidade do Big Show SIC, onde conquistou uma ambulância para o concelho do Seixal, e participou em ambos os concursos com a canção «Povo que Lavas no Rio».
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