BIGGER: 8 conselhos de poupança para ultrapassar uma situação de fragilidade financeira

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Pandemia não rima apenas com crise sanitária. Ao longo deste ano e meio, a economia tem sofrido imenso e isso acaba por refletir-se no bolso de todos nós.
Com os gastos a acumularem-se e o espaço deixado vago pelo dinheiro na sua carteira a ganhar terreno, só lhe resta uma opção: apertar o cinto.

Contudo, para que não faça esta 'dieta orçamental' sozinho, embarcamos consigo nesta jornada com 8 conselhos de poupança que irão reverter esta situação de maior fragilidade financeira e reencaminhar o dinheiro para o seu bolso.

8 conselhos de poupança

1 – Faça orçamentos mensais e vá colocando algum dinheiro de parte todas as semanas.
Uma das melhores formas de controlar o dinheiro e eliminar gastos supérfluos passa por elaborar um orçamento mensal. Ao elaborá-lo (e segui-lo escrupulosamente) estará a racionalizar o dinheiro que possui e a estabelecer limites de despesa.
Para além disso, procure ir colocando algum dinheiro de parte todas as semanas de modo a começar um pequeno fundo de maneio que poderá utilizar em situações urgentes ou de necessidade. Comece por um valor baixo e vá, gradualmente, aumentando ao longo do ano.

2 – Compre 'com a cabeça'
Não se trata de qualquer conselho sobre qualquer arte circense, mas antes a ideia de que quando for às compras deve racionalizar a necessidade dos diversos produtos que se predispõe a comprar.
Antes da compra compare o preço do mesmo produto nas diferentes marcas e estabelecimentos comerciais. À comparação de preços procure juntar artigos que se encontrem em promoção ou que possam estar sujeitos a desconto. Perguntar não custa e a carteira agradece.

3 – Junte todos os seus créditos num só (Consolidar créditos)
O alto grau de endividamento das famílias portuguesas aos bancos e o fim das moratórias de crédito são dois dos grandes problemas da economia nacional.
Se se encontra numa situação em que a sua taxa de esforço já ultrapassa os 50% (valor de referência do Banco de Portugal) e já não consegue pagar as prestações mensais dos seus créditos, é sinal que deve procurar juntar créditos (consolidação de créditos) num só.
Na prática, a consolidação de créditos irá permitir-lhe juntar todos os empréstimos e respetivas mensalidades num só crédito, passando a pagar apenas uma prestação com taxa de juro fixa e numa data certa.
Como com o crédito consolidado tem a possibilidade de alargar o prazo de pagamento e, em alguns casos, inclusivamente beneficiar de uma taxa de juro mais atrativa, consegue baixar a mensalidade. Desta forma, vai conseguir diminuir a sua taxa de esforço para os níveis recomendáveis, garantindo um maior desafogo ao seu orçamento familiar.
Por exemplo, como estamos em época onde o online é quem mais ordena, vamos à procura de uma solução de crédito consolidado no mundo digital.
A nossa busca acaba por parar na página de crédito consolidado do Unibanco. Utilizando o simulador que o Unibanco oferece para fazer uma simulação de crédito consolidado, fazemos o cálculo para um valor de 45 mil euros, dinheiro que corresponde a uma dívida em créditos anteriores.
Como o rendimento líquido total do nosso agregado mensal é de 2000 euros e os encargos com as prestações mensais dos créditos contraídos atingiam os 1200 euros, a nossa taxa de esforço (Encargos financeiros / Rendimento Líquido Total do Agregado) x 100) encontra-se nos 60%.
Utilizando o simulador de crédito consolidado Unibanco, fazemos o cálculo para o valor (45 mil euros) e prazo (84 meses) que pretendemos. O resultado é uma prestação mensal de 784,68 euros, valor que implica que a nossa taxa de esforço irá passar a ser de 39,2%, percentagem muito abaixo do valor de referência do Bando de Portugal.
Pedimos 45 mil euros, valor que foi utilizado na íntegra para saldar os créditos anteriores, mas podíamos ter pedido ao Unibanco até um máximo de 75 mil euros. Isto significa que também podemos utilizar o crédito consolidado como ferramenta de aforro para qualquer eventualidade que possa, entretanto, surgir.
Apenas como referência, um fundo de emergência deve ter sempre o montante equivalente a seis meses do seu atual salário, permitindo o seu sustento durante um semestre sem trabalhar.
A simulação apresentada diz respeito a um financiamento de €45.000 a pagar em 84 mensalidades de €784,68. TAN 11,150% e TAEG 13,2%. MTIC €67.101,61.

4 - Reduza a taxa de juro do seu cartão de crédito
A maior parte dos portugueses possui um ou mais cartões de crédito, mas poucos sabem que é possível reduzir a taxa de juro. No comparativo entre as diversas soluções oferecidas pelas instituições portuguesas, percebe-se que a TAEG média tem oscilado entre os 9,8% e os 15,3% nos cartões de crédito, pelo que o nosso conselho é para ir analisando e comparando o mercado à espera de uma opção que o satisfaça.
Se o seu banco não lhe conseguir oferecer melhores condições, pondere optar por um produto mais vantajoso de outra instituição bancária.

5 – Invista num PPR
Ainda que isto implique um investimento, os PPR (Planos Poupança Reforma) são um bom método de impor regras ao seu orçamento anual e ainda poupar para a reforma, uma vez que além de estar a amealhar para o futuro, os valores aplicados anualmente em PPR são dedutíveis até 20% no IRS e, no momento do reembolso, beneficiam de taxas de imposto mais reduzidas.

6 – Renegoceie contratos de telecomunicações
O mesmo acontece para os seus serviços de comunicações e contratos de energia e gás. Avalie o seu consumo de televisão, telemóvel e Internet, por forma a renegociar o seu pacote de telecomunicações para uma solução mais ajustada e vantajosa.
Se entende que está a pagar demais pela eletricidade ou pelo gás, recorra a um simulador de preços de energia para comparar os preços da eletricidade e do gás natural nos diversos fornecedores.

7 – Renegoceie os seus contratos de telecomunicações
Avalie o seu consumo de televisão, telemóvel e Internet, por forma a renegociar o seu pacote de telecomunicações para uma solução mais ajustada e vantajosa. No site da ANACOM pode simular tarifários e perceber se existe uma opção que lhe permita poupar dinheiro.

8 - Poupe nos serviços básicos de água, eletricidade e gás
Comece por coisas tão simples como evitar encher a banheira para tomar banho e optar pelos programas económicos das suas máquinas de lavar roupa e loiça.
Não se esqueça, igualmente, de apagar as luzes das divisões que estão vazias, não deixar os aparelhos ligados à tomada durante a noite (modo 'stand-by' consome energia) ou após o carregamento completo de baterias.
Se possui tarifa bi-horária ou tri-horária, procure concentrar a utilização das máquinas de lavar roupa e louça nas horas de vazio, ou seja, quando se paga menos.
A juntar a tudo isto pode, caso entenda que a sua fatura de eletricidade e gás é demasiado elevada, pode recorrer ao simulador de preços de energia da ERSE para comparar os preços da eletricidade e do gás natural nos diversos fornecedores.
Caso encontre uma tarifa mais favorável e quiser mudar de operador, também está disponível, no portal da ERSE, informação sobre como fazer a alteração.
Verifique ainda se pode beneficiar da Tarifa Social. Esta é uma medida implementada pelo Governo no sentido de garantir o fornecimento de eletricidade e gás natural a todos os consumidores, principalmente aos clientes com dificuldades financeiras.
Este apoio consiste num desconto que pode ir até 33,8% na fatura de eletricidade e 31,2% na fatura do gás natural.

 


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