Renata Guimarães faz petição para desfibrilhadores
2021 começou da pior forma, não só por causa do confinamento mas pelas perdas de jovens atletas que deixaram este mundo cedo demais.
Primeiro a notícia do futebolista Alex Polinário, 24 horas depois o basquetebolista Paulo Diamantino e, talvez o caso mais mediático, o guarda-redes de andebol Alfredo Quintana que sofreram uma paragem cardiorrespiratória e não resistiram. Só no primeiro trimestre de 2021 o Desporto sofreu perdas inultrapassáveis. Claro que estes não foram os únicos casos a chocar o mundo, e por ter sido no Estádio D. Afonso Henriques, recordo o caso de Miklós Fehér que paralisou todos os que assistiam ao jogo quando caiu inanimado no relvado no dia 25 de Janeiro de 2004 no decorrer do encontro entre o Vitória - Benfica.
A morte súbita é maioritariamente causada por uma arritmia cardíaca chamada fibrilhação ventricular. O único tratamento eficaz é a desfibrilhação eléctrica feita com um desfibrilhador, possibilitando que o ritmo cardíaco volte ao normal. Nestes casos, a probabilidade de sobrevivência é tanto maior quanto menor for o tempo decorrido entre a fibrilhação e a desfibrilhação.
O INEM refere que vários estudos internacionais têm revelado que a aplicação de manobras de Suporte Básico de Vida, em ambiente extra-hospitalar, aumenta a probabilidade de sobrevivência das vítimas, com especial relevância quando são imediatamente iniciadas manobras de reanimação e administrado o primeiro choque nos três minutos após o colapso.
Estas razões foram mais do que suficientes para que uma aluna do terceiro ano de Medicina decidisse abrir uma petição em que o objectivo é simples: haver a obrigatoriedade de existir um desfibrilhador automático externo (DAE) em todos os locais onde se pratique desporto incluindo todas as escolas.
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