Candidatura a Capital Verde Europeia em 2025: "Guimarães serve de inspiração para as pequenas e médias cidades"

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Já começaram as sessões de apresentação da candidatura de Guimarães à obtenção da distinção de Capital Verde Europeia em 2025.

Com a maturidade adquirida com a primeira candidatura que chegou à fase final, a nova proposta realça a evolução verificada nos últimos 10 anos no território concelhio em matéria de sustentabilidade ambiental, apresentando o resultado do investimento feito pelos poderes públicos e pelo envolvimento dos cidadãos nos sete indicadores ambientais que exigiram um complexo, rigoroso e conciso trabalho de redacção: i) qualidade do ar, ii) ruído, iii)água, iv) natureza, biodiversidade e uso sustentável do solo, v) resíduos e economia circular, alterações climáticas, vi) mitigação e vii) adaptação.

Na apresentação realizada ontem no Laboratório da Paisagem de Guimarães, Isabel Loureiro, Coordenadora da Estrutura de Missão 2030, e Carlos Ribeiro, Director Executivo daquela associação promotora do conhecimento, da inovação, da investigação e da divulgação científica, descreveram cada uma das áreas, atendendo ao passado, presente e principais projectos de futuro, alinhados com a sua estratégia de tornar o exemplo de Guimarães uma referência para outros territórios da Europa e do Mundo.

As apostas feitas na gestão proactiva da água, no reforço dos corredores ecológicos, na reconversão dos solos contaminados, na monitorização da qualidade da água dos rios Ave, Selho e Vizela, e as boas práticas para a mitigação e adaptação às alterações climáticas, como é o caso do Bairro C, são algumas das bandeiras da candidatura que identifica o tráfego automóvel como o principal poluente atmosférico do concelho e o investimento que será feito pela Vimágua nas redes de água para reduzir as perdas de água.

A Vice-Presidente do Município e responsável pela candidatura destacou o entusiasmo da equipa que trabalhou nos sete indicadores que serão avaliados pelo júri da Comissão Europeia. Adelina Paula Pinto referiu-se às restantes cidades que lutam pela distinção, esperando que Guimarães chegue à final, realçando a importância de continuar a envolver a população. "Conseguimos pontos fortes, mas também temos pontos fracos e que necessitam do compromisso de todos", frisou, reconhecendo que a anterior candidatura "foi crucial" para a concretização deste projecto.

O Presidente da Câmara de Guimarães reiterou que mais importante do que a distinção é o efeito indutor na transformação dos comportamentos dos cidadãos, das empresas e das instituições, considerando que a candidatura possui o mérito de "servir de inspiração para as pequenas e médias cidades da Europa". "Há milhares de cidades com a dimensão de Guimarães. Por isso, se conseguirmos ser referência pelo estatuto de Capital Verde Europeia essa vontade poderá estar ao alcance de outras cidades", afirmou Domingos Bragança, realçando a envolvência social conseguida no território concelhio, vincando que a proposta de Guimarães é agregadora das relações entre a cidade e o conjunto das suas freguesias numa dimensão biocultural, promovendo o bem-estar cumprindo as metas da neutralidade carbónica.

Nesta primeira sessão destinada às instituições vimaranenses, em representação da Real Irmandade de Nossa Senhora da Consolação e dos Santos Passos, José Couceiro da Costa transmitiu que as valências sociais e do Colégio de Nossa Senhora da Conceição "estão de corpo e alma com a candidatura". "Conte absolutamente connosco", afirmou o responsável, aproveitando o momento para dizer: "enquanto zelador do único jardim privado duplamente classificado como património nacional, o meu jardim é o nosso jardim. No nosso jardim é a nossa Capital Verde".

Marcações: Capital Verde Europeia em 2025

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