Lítio em Guimarães: Câmara emitiu parecer desfavorável durante a consulta pública

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A Câmara de Guimarães emitiu um "parecer desfavorável" à inclusão de uma pequena parte do Concelho, da freguesia de Serzedo, na lista de áreas potenciais para lançamento do procedimento concursal para a prospecção de lítio. A informação foi revelada pela Presidente em Exercício, no final da reunião do Executivo vimaranense, realizada esta quinta-feira.

Depois de ter sido confrontada com o assunto durante a sessão pela Oposição, Adelina Pinto justificou que "não estava na posse de toda a informação" na resposta dada à intervenção do vereador Bruno Fernandes sobre o tema. "Temos no nosso site desde 30 de Setembro de 2021 a informação da Direcção-Geral de Energia e a discussão pública, igual aos outros municípios, houve inclusive pessoas que vieram à discussão pública", comunicou a responsável, precisando: "A Câmara emitiu um parecer desfavorável por questões ambientais".

"A Câmara participou na discussão e emitiu o parecer. Estávamos, na altura, numa fase em que foram apontadas as primeiras oito zonas, em que Serzedo já aparecia numa parte em que nós fizemos essa identificação. Como Serzedo era uma área muito pequena e quando passou - aquilo era ainda uma sensibilização - nós consideramos que eventualmente Serzedo desaparecia porque era uma área muito pequena. Daí a surpresa de que agora nestas seis zonas identificadas, Serzedo continue integrada como uma área de exploração de lítio", explicou a responsável, ao sustentar que o Município "cumpriu: a discussão pública, a emissão do parecer negativo e a partir do momento em que sabemos que Serzedo continua na área onde está prevista a exploração de lítio, o Sr. Presidente tem estado junto do Sr. Ministro do Ambiente a tentar resolver e a exigir esta participação mais activa do Município para identificação e acompanhamento desta questão que incomoda bastante a população".

Nas suas declarações, Adelina Pinto salientou que o Presidente da Câmara participou ontem na reunião juntamente com os outros autarcas. "Temos de ter uma segurança muito grande do que está a ser feito, têm de ser vistas as questões ambientais. Não podemos defender questões ambientais e depois fazer atropelos, por isso exigimos que haja um acompanhamento técnico por parte dos serviços de cada município para avaliação do que estiver a ser feito nas zonas de exploração. Aquilo que se foi pedir foi que os municípios sejam parte integrante de todas as decisões e acompanhem o processo sempre com a preocupação ambiental e de saúde pública", prosseguiu Adelina Pinto.
"No caso de Guimarães é uma zona muito pequena, desabitada, mas há ainda um desconhecimento muito grande sobre a questão da exploração de lítio e dos efeitos que pode ter na população, daí ser necessário não deixar dúvidas nas populações de que as empresas que poderão vir a fazer a prospecção estejam assegurem todas as condições de segurança. O nosso parecer neste momento é completamente desfavorável", vincou.


Marcações: Adelina Pinto, lítio

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