Recolha de resíduos em Guimarães vai sofrer "reviravolta" a partir do segundo semestre

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A Câmara Municipal de Guimarães apresentou esta segunda-feira, na reunião do executivo, o Plano de Gestão de Biorresíduos de Guimarães 2030 (PGBG2030), que pretende definir a estratégia e as acções a desenvolver pelo Município, quanto à gestão desta fração em toda a área do concelho, em articulação com as políticas nacionais e europeias em matéria de gestão de resíduos. 

O Plano vai ser integrado de forma gradual, em diferentes fases, com o objectivo de alcançar todo o território em 2028, e vai funcionar em sistema de recolha porta a porta, na sua maioria, e através de moloques. "Pretendendo-se aliar o projeto PayT (Pay-as-you-throw) e esta nova recolha selectiva, alargando-o com o início da recolha seletiva de biorresíduos, criando-se um sistema Pay adaptado à recolha dos orgânicos, beneficiando o utilizador que efectuar a separação de mais um resíduo, penalizando a fração restante", explicou a Autarquia.

Desta forma, a tarifa de resíduos deixará de estar indexada à tarifa da água e passará a ser o utilizador responsável pela quantidade de resíduos que produz. "É um sistema que beneficia o ambiente, contribui para as metas de sustentabilidade a que estamos obrigados e vai premiar comportamentos. Quanto mais reciclar menos pagará na sua factura", adiantou a vereadora do Ambiente, Sofia Ferreira.   

O Plano tem como horizonte temporal o ano de 2030, integrando uma componente da Estratégia da Estrutura de Missão para o Desenvolvimento Sustentável 2030, e entrará em discussão pública no dia 19 deste mês e estará em discussão durante 20 dias. "Estamos perante um processo complexo. No final do mês de junho será feita uma apresentação pública do Plano, onde será apresentada toda a metodologia, as acções e os equipamentos. É um plano que vai obrigar a uma alteração de comportamentos e é fundamental sentirmos que todos estão envolvidos. Ao longo do processo vai existir uma forte campanha em acções de sensibilização, informação e de trabalho com a comunidade", referiu Sofia Ferreira, acrescentando que será um investimento que rondará, nesta primeira fase, os 829 mil euros, com um financiamento de 500 mil euros.        

O sistema será implementado por fases, que permitirá de forma gradual abranger a totalidade da população. A primeira fase arranca no segundo semestre e será promovida na área abrangida pelo sistema PayT e nas freguesias mais urbanas do Município e que incluem maior densidade, designadamente,restaurantes, hotéis/ alojamento, superfícies comerciais e comércio tradicional, totalizando 34% da população. A segunda fase arranca em 2024 e alarga-se à zona envolvente, considerando ainda a localização dos potenciais produtores de biorresíduos, abrangendo 58% da população. Segue-se uma nova fase em 2026, abrangendo mais 17% de habitantes. A partir do ano 2028 será possível iniciar o alargamento da recolha seletiva de RUB a todo o concelho.

"É um novo modelo de gestão de resíduos. As normas comunitárias definem um conjunto de metas e um calendário que obriga as entidades gestoras a proceder à recolha selectiva de biorresíduos. Iremos implementar em 2021, antecipando o processo que tem data limite o final de 2023. O objectivo é eliminar o envio de resíduos para aterro em 2030 e ter práticas mais sustentáveis de tratamento de resíduos", apontou a vereadora.

 

Marcações: lixo, resíduos, Plano de Gestão de Biorresíduos de Guimarães 2030

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