Conselho Consultivo da Estrutura de Missão discutiu incentivos para promover reciclagem
Porque não reciclo? Quais os incentivos que podem dar?” Foi o tema lançado para discussão na terceira reunião do Conselho Consultivo da Estrutura de Missão Guimarães 2030, que teve lugar esta sexta-feira, 01 de março, no CVR.
Entre algumas das conclusões na reunião foi proposto lançar desafios às comunidades para promoveram a reciclagem estabelecendo objetivos quantificáveis, sendo que os benefícios decorrentes dessa meta deveriam repercutir para a própria comunidade. Aumentar a fiscalização, implementar o alargamento do sistema PAYT, aumentar o número de ecopontos, atribuir prémios a quem mais recicla, estabelecer uma comunicação mais simplificada feita em vários suportes para atingir vários segmentos da sociedade foram outras propostas apresentadas, assim como usar os clubes desportivos como agentes promotores de mudança, criar oficinas de reparação para perpetuar a vida dos eletrodomésticos, plataformas on-line de partilha de bens, promover mais a troca de bens por exemplo a feira do entulho.
Esta sessão foi orientada por Dalila Sepúlveda, Chefe de Divisão dos Serviços Urbanos do Departamento de Serviços Urbanos e Ambiente da Câmara Municipal de Guimarães, que deu a conhecer a caraterização dos resíduos em todo o Município, por tipologia e freguesia. “Dados muito úteis para percebermos como podemos otimizar os nossos recursos para melhorarmos as metas estabelecidas”.
Os dados da Agência Portuguesa do Ambiente, relativos a 2017, apontam para uma taxa de reciclagem de 38% dos resíduos. Em Guimarães essa taxa é ligeiramente superior, na ordem dos 47%, considerando que 13% dos resíduos são encaminhados para reciclagem através dos ecopontos e da recolha seletiva porta-aporta e que os restantes 87% são encaminhados para tratamento mecânico biológico, conseguindo-se uma valorização de cerca de 30%.
Presente na sessão, a Vereadora do Ambiente do Município de Guimarães, Sofia Ferreira, destacou que "em matéria de resíduos urbanos Guimarães é um exemplo, mas ainda há muito para fazer. O CVR, a Vitrus e o Laboratório da Paisagem são parceiros ativos e é esse o caminho. Este é um tema que nos preocupa a todos, mas estamos determinados a fazer mais a melhor. A responsável reforçou ainda importância deste Conselho Consultivo, com base na "participação ativa das entidades e associações. Aquilo que se pretende é criar momentos de trabalho e de debate, permitindo-nos recolher propostas e visões diversas.”
A terceira reunião do Conselho Consultivo da Estrutura de Missão para o Desenvolvimento Sustentável Guimarães 2030, reuniu mais de duas dezenas de participantes, de várias instituições vimaranenses e, pela primeira vez, de entidades privadas. "Foi importante para percebermos que a lista de membros do Conselho Consultivo está a crescer”, destacou Isabel Loureiro, coordenadora executiva da Estrutura de Missão.
Estas sessões decorrem na sequência da apresentação pública da Estrutura de Missão para o Desenvolvimento Sustentável Guimarães 2030, cujo Conselho Consultivo está representado por mais de 400 instituições do concelho, aliando o conhecimento científico à gestão do território, com a presença da Universidade do Minho (UM), Universidade de Trás-Os-Montes e Alto Douro (UTAD), Universidade das Nações Unidas (UNU) e o Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA).
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