Resultados da Pegada Ecológica e da biocapacidade de Guimarães apresentada esta segunda-feira

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O Laboratório da Paisagem recebe esta segunda-feira a apresentação dos resultados da Pegada Ecológica e da biocapacidade de Guimarães. A apresentação surge no âmbito do projeto “Pegada Ecológica dos Municípios Portugueses”, resultado de uma parceria estratégica entre a ZERO – Associação Sistema Terrestre Saudável, a Global Footprint Network e a Universidade de Aveiro. A sessão está marcada para as 15h00.

O projecto “Pegada Ecológica dos Municípios Portugueses” tem como objetivos estimar a Pegada Ecológica e a biocapacidade dos municípios envolvidos (2018), debater com os cidadãos e partes interessadas dos municípios as implicações dos resultados e as opções de mitigação (com recurso a calculadoras online da Pegada Ecológica) e propor instrumentos e políticas que reforcem a coesão e equidade territoriais e a promoção de uma gestão sustentável do território. Os seis municípios pioneiros que integram o projeto são: Almada, Bragança, Castelo Branco, Guimarães, Lagoa e Vila Nova de Gaia. Em 2017, Guimarães foi o primeiro e único Município do País a apresentar o cálculo da sua pegada ecológica, verificando-se estar 3% abaixo da média nacional (3.76 hectares globais (gha) per capita). Em média, cada residente de Guimarães precisou de 3.76 gha de área bioprodutiva para suportar o seu estilo de vida, sendo que a média nacional era, no ano em estudo, de 3.9 gha.

A Pegada Ecológica é uma metodologia reconhecida internacionalmente e desenvolvida pela Global Footprint Network, e que permite medir o impacto das nossas atividades de consumo nos recursos naturais do planeta. A metodologia pode ser aplicada a várias escalas, desde um indivíduo, cidade, região, país, até ao planeta Terra, comparando os recursos naturais usados para suportar um determinado estilo de vida com a capacidade dos ecossistemas para gerar esses mesmos recursos. Nos últimos anos, a Pegada Ecológica tem sido calculada para diversas cidades em todo o mundo. Em Portugal, este projeto, iniciado em 2018, revela-se inovador, não só pela forma como integra o conhecimento da Pegada Ecológica com o cálculo da biocapacidade a nível local, como também pelo envolvimento da sociedade civil e pela promoção de novos instrumentos e políticas públicas de incentivo à redução dos impactes ambientais dos municípios e o reforço dos serviços prestados pelos ecossistemas desses municípios.

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