Education Summit: com olhos postos na segunda edição e a necessidade de criar um novo modelo escolar

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Mais de 2 mil participantes, 60 oradores, diversos workshops e exposições marcaram os três dias do primeiro Education Summit, em Guimarães, que terminou com um concerto de António Zambujo. Um verdadeiro sucesso para a Nova Escola que põe já os olhos na edição do próximo ano.

“O evento superou todas as nossas expectativas. O feedback que recebemos de intervenientes e participantes foi muito positivo, pelo que viemos para ficar e voltaremos, certamente, em 2026” sublinhou Renato Pacheco da organização.
Uma plateia emocionada a aplaudir de pé Eduardo Sá que veio ao Education Summit admitir que uma criança deve contar pelos dedos, falar pelos cotovelos e perguntar porquê e que Portugal é um País pouco amigo das crianças.

O psicólogo clínico realçou que “o sistema educativo deveria ser à imagem dos jardins de infância” e as “educadoras de infância são pessoas estranhas que contam histórias, o que coloca as crianças a pensar”. Assumidamente crítico do sistema de ensino atual, Eduardo Sá defende que é “proibido” ensinar a ler e a escrever no jardim de infância, sendo este o local para as crianças “aprenderem a brincar com o corpo”. Eduardo Sá falou, ainda, da necessidade de pais que saibam dizer não. “O “não” não traumatiza as crianças", realçou.
Outra das palestras emocionantes deste último dia de Education Summit foi a de Marcos Piangers. O reputado autor brasileiro arrancou diversas gargalhadas à plateia, com histórias familiares que culminam num mesmo objectivo: “pais e professores têm o dever de criar seres humanos preparados para a vida”.
“As escolas ensinam-nos a saber fazer perguntas, não a dar respostas. Respostas são dadas pela vida. O nosso papel é dar coragem à criança a fazer mais e melhor”, sublinhou.

Exemplificando com vários exemplos mundiais de escolas de referência, Piangers vai mais longe e conclui que “a criança não odeia a escola, a criança odeia as aulas”. “Os alunos desejam escolas de sonhos, escolas com vida, não uma sala com quadros e computadores. Cada professor tem esse papel de mãe, porque ama o seu aluno e porque acredita que pode fazer a diferença” concluiu.
O evento terminou com um concerto de António Zambujo.

 


sábado, 12 abril 2025 22:33 em Sociedade

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