"Naturalmente agradado" com apuramento europeu do Vitória, António Miguel Cardoso deseja mais: "As nossas contas não estão fechadas"



O presidente do Vitória, António Miguel Cardoso, elogiou a campanha da equipa comandada por Álvaro Pacheco, que resultou no terceiro apuramento consecutivo para as competições europeias, quando ainda estavam por disputar cinco jornadas da Liga.

“Deixou-me naturalmente agradado”, assumiu o presidente do Vitória, em declarações ao Grupo Santiago. António Miguel Cardoso destacou a ideia de que o Vitória “arrancou para esta época tendo como objetivo mínimo um apuramento europeu e isso foi conseguido a cinco jornadas do fim do campeonato. Pela segunda vez na história, o clube apurou-se para uma competição da UEFA pela terceira época consecutiva. As nossas contas não estão, porém, fechadas. Não estamos totalmente satisfeitos porque neste clube a fasquia deve estar sempre elevada. Faltam quatro jornadas e queremos conseguir o máximo de pontos possíveis em cada jogo. Somamos 57 pontos e, naturalmente, queremos chegar aos 60 já na próxima jornada. É com essa determinação que vamos para o jogo com o Boavista”, acrescentou.

António Miguel Cardoso foi também confrontado com a demissão em bloco da equipa de scouting do departamento de formação. E deixou bem clara a sua posição sobre o tema: “Antes de mais, não se tratou de uma demissão, antes o fim de uma colaboração porque não eram funcionários do clube. Tinham como funções a observação de jovens atletas e a elaboração de relatórios técnicos sobre eles. O grande problema é que se convenceram de que os seus pareceres deveriam determinar por completo a política de recrutamento de jogadores para a formação do clube. Semelhante procedimento, se alguma vez foi seguido no passado, não faz qualquer sentido. A contratação de um atleta não depende somente de um relatório positivo elaborado por um dos membros do scouting. Outros fatores têm de ser cruzados e essa responsabilidade não cabe à equipa de observadores do futebol de formação. O clube tem uma hierarquia que deve ser respeitada. Por isso, compreendo que tenham alegado divergências de fundo relacionadas com a organização, as responsabilidades, a autonomia e os processos de trabalho na formação do Vitória SC na carta que enviaram ao vice-presidente Pedro Meireles”.

De resto, António Miguel Cardoso notou que “o futebol de formação do Vitória SC vive atualmente um período muito bom. As equipas de sub-17 e sub-19 estão a discutir as fases finais dos respetivos campeonatos e essas boas campanhas refletem claramente o trabalho meritório de todos os profissionais e responsáveis ligados ao departamento de formação. Não é por acaso também que temos cada vez mais jogadores vindos desse setor a trabalhar com a equipa principal, sendo esse, aliás, um dos principais desígnios da Academia de Futebol do Vitória SC. E nunca o clube teve tantos atletas chamados às seleções jovens como nesta época”, finalizou.


Marcações: Vitória Sport Clube, António Miguel Cardoso

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